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Espumas ao Vento - Ritmo e Harmonia

 É uma música de Fagner, que tocada em ritmo de Xote é bastante animada e faz bastante sucesso. O Ritmo de Xote, ou Forró, é um estilo nordestino, caracterizado por uma batida em dois tempos, o primeiro forte e o segundo mais fraco. A Harmonia dessa música é em tom menor, e tem uma característica bem interessante, que é passar por praticamente todos os graus da escala, então é um ótimo exemplo para estudo de harmonia. Em tom de Mi menor (Em), ela passa pelos: Graus menores: Em - primeiro grau menor (tônica) F#m7(b5) - segundo grau menor Am - quanto grau menor Graus maiores: G - terceiro grau maior B7 - quinto grau com sétima (dominante) C - sexto grau maior D - Sétimo grau maior (faz papel de dominante) Empréstimo modal: Bm - terceiro grau menor, da escala relativa de Sol maior Dominante secundário: E7 - quinto grau com sétima (dominante secundário do quarto grau - Am) Veja o vídeo em   https://youtu.be/t1ZwROUcsgs

Notas Musicais, Frequências Musicais

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  Qual a explicação das notas musicais? Como elas surgiram?  Os sons e as melodias sempre existiram, basta ver o canto dos pássaros, e assim não deve ter sido diferente com nossos antepassados. Momentos de júbilo ou tristeza nas tribos sempre eram acompanhados de rituais que envolviam trajes, danças e sons os mais diversos.   Os relatos mais antigos sobre estudos das notas musicais, ou seja, o primórdio de sua sistematização, são atribuídos ao matemático grego Pitágoras, que viveu no século VI antes de Cristo.   Utilizando um Monocórdio, Pitágoras estabeleceu relações entre as notas que soavam e o comprimento de corda que vibrava.   Assim, para o intervalo de oitava, ele constatou que a corda deveria ser pressionada exatamente em seu ponto médio, e para o intervalo de quinta deveria pressioná-la no ponto que corresponde a 2/3 de seu comprimento. A partir destes intervalos poderia, então, obter todas as demais notas da escala numa sucessão de ...

Canto, Ritmo, Fisiologia da voz

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Uma voz bem colocada é consequência de uma ação harmônica de relaxamento, respiração, ressonância e projeção vocal. Acredita-se que uma emissão correta deve fundamentar-se sempre sobre a função respiratória e de relaxamento. A voz é produzida a partir de um som básico gerado na laringe. A laringe localiza-se no pescoço e é um tubo composto de cartilagens. O som básico produzido pelas pregas vocais na laringe passa por uma série de cavidades de ressonância, que se ajustam como se fossem um alto-falante natural formado pela própria laringe, faringe, boca e nariz. As cavidades de ressonância amplificam este som, que é muito fraco quando sai de sua fonte. A voz é o resultado do equilíbrio entre a força do ar que sai dos pulmões e a força muscular das pregas vocais. Os diferentes sons são produzidos nas cavidades acima da laringe, por mudanças nos articuladores, ou seja, nas estruturas que estão nas cavidades de ressonância. Os sons são articulados principalmente na boca...

Ritmo, Compasso, tempo da música

O Compasso é o tempo organizado, é a divisão da música em séries regulares de tempo.  Na pauta musical, os compassos são separados por uma linha vertical, chamada barra de compasso. O tempo, pulso ou pulsação é um batimento regular, de tempos iguais, que se caracteriza pela constância e repetição. Algumas vezes a pulsação não é tocada nem cantada, mas apenas sentida corporalmente. As combinações rítmicas sempre se baseiam em uma pulsação regular, também chamada de tempo da música.  Essas pulsações podem ser agrupadas dois a dois, três a três, quatro a quatro. Assim, os compassos são classificados de acordo com o número de pulsos (2, 3 ou 4). São os chamados compassos binários, ternários ou quaternários. Quando nos compassos o primeiro tempo é fraco, então dizemos que o ritmo está em contratempo.  O andamento tem a ver com a velocidade da execução, ou seja, é a variação do tempo da música. Meu canal do Youtube - Ritmo e Harmonia no Violão https://tinyu...

Acordes Suspensos

É o acorde onde a terça (maior ou menor) foi substituída pela quarta justa. Acorde suspenso com quarta:   1 - 4 - 5 Ex: C4   à   (C + F + G) Acorde suspenso com sétima e quarta:   1 - 4 - 5 - b7 Ex: C7(4)   à   (C + F + G + Bb) Os acordes suspensos (SUS) não são acordes maiores nem menores, por não terem a terça. Esses acordes poderiam ter, por exemplo, as seguintes funções: - Como variação de outro acorde, para produzir algum efeito musical, ou enquanto se faz a marcação rítmica. Ex: (D7M – Dsus4 – D7M) - Na função de acorde de passagem, adiando a resolução na tônica - Harmonizando com a melodia, caso a nota cantada seja a quarta do acorde Notação numérica (ou grau) para as notas de uma escala: -------------------------------------------------------------------- 1 – tônica ou fundamental b2 – segunda menor 2 – segunda maior #2 – segunda aumentada b3 – terça menor 3 -   terça maior 4 – quarta justa 4#...

Ritmos Brasleiros

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A música ocidental em geral tem sua organização baseada em uma alternância de sons fortes e fracos, regulares e repetitivos. A regularidade desses sons é chamada de pulso , batida , tempo ou andamento . Os ritmos estão organizados pela quantidade de tempos e alternância de sons fracos e fortes dentro de cada compasso. Existem no Brasil muitos ritmos, que muitas vezes não nos são familiares, porque estão em uma região diferente da nossa. Então vamos a um pequeno passeio por alguns ritmos brasileiros e suas histórias: O Norte do Brasil possui ritmos provenientes dos escravos, e muitas danças típicas surgiram desde o século XVIII, sendo as mais conhecidas as Cirandas e o Carimbó. O Carimbó surgiu em Belém através de influências antigas negras, e hoje influencia ritmos como a Lambada e o Zouk. O Nordeste foi o berço da colonização portuguesa, e é conhecido também pelas danças e ritmos brasileiros muito conhecidos como o Samba de Roda, o Frevo, o Maracatu, o Xaxado, o Baião ...

Para que serve o treino de escalas

A digitação de escalas pode ser feita como um exercício, ou mesmo a escala pode ser tocada como um solo, em algum momento na execução da música. Alguns objetivos que podemos ter ao treinar uma escala são: 1 - Ter noção da sonoridade da escala. 2 – Conseguir identificar as notas da escala e seus intervalos. 3 - Saber relacionar uma música com a escala que lhe serve de base, pois os graus da escala costumam servir de base para os acordes utilizados na harmonia. 4 – Tendo prática na digitação da escala, os acordes do campo harmônico derivados daquela escala serão encontrados com maior facilidade. 5 - Exercitar o campo harmônico da escala, treinando os acordes formados a partir dos graus da escala. 6 – Adquirir prática ao procurar as notas da melodia para o solo, pois grande parte das notas da melodia costuma estar dentro das notas da escala. Normalmente as notas mais importantes da melodia (as que caem nos tempos fortes) são notas da escala. 7 – Fazer um sol...